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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

V Fórum Internacional de Desenvolvimento Territorial - IICA Brasil, Recife - Nota 01

Recife, 25 de novembro de 2010.
Começou o V Fórum Internacional de Desenvolvimento Territorial
O Evento que acontece em Recife tem o objetivo de contribuir com as estratégias de combate à pobreza rural. Mais de 500 pessoas acompanharam a abertura.


Por Elisabeth Mota


Ainda sob o impacto do anúncio da recém eleita presidenta do Brasil, Dilma Roussef, de que erradicará a pobreza extrema no País, começou, ontem (24), em Recife, o V Fórum Internacional de Desenvolvimento Territorial: Estratégias de Combate à Pobreza Rural, com o objetivo de construir uma agenda de proposições de políticas para o enfrentamento da pobreza rural.


“O momento é oportuno e a realização do V Fórum Internacional será referência para a execução das políticas de enfrentamento da pobreza no Brasil e na América Latina, já que participam membros da sociedade civil, da academia e do governo”, afirmou o coordenador do Fórum, Carlos Miranda.


Com uma platéia diversificada, com participantes de vários países da América Latina, como Argentina, Guatemala, Republica Dominicana, Colômbia, entre outros, o primeiro dia do V Fórum começou com a abertura do evento e a realização de dois painéis.



O EVENTO - A abertura do V Fórum Internacional de Desenvolvimento Territorial contou com a participação do Secretário Executivo de Captação de Recursos e Acompanhamento de Programas de Pernambuco, Antônio Barbosa de Siqueira Neto; Carlos Miranda, coordenador executivo do FórumDRS; José Coimbra Patriota Filho, Secretário do Desenvolvimento e Articulação Regional de Pernambuco (SEDAR); Cândido Grzybowski, Diretor Geral do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE); Humberto Oliveira, secretário de Desenvolvimento Territorial do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SDT/MDA); e João Arnaldo, secretário executivo da SEDAR.


Nos discursos de todos, a grande importância do evento como a oportunidade de se discutir novas políticas públicas para o desenvolvimento sustentável do ambiente rural, já que as políticas anteriores adotadas não obtiveram o sucesso esperado. De acordo com João Arnaldo, o V Fórum trará novas expectativas para essas políticas públicas.


PAINEL 1 - Após a abertura, o V Fórum continuou com a exposição do primeiro painel, Desenvolvimento territorial, cidadania e estratégias de enfretamentos da pobreza rural. O assessor jurídico político da Corporação Viva a Cidadania, da Colômbia, Gabriel Bustamente fez a palestra inaugural. Logo depois, o secretário técnico do PROTERRITÓRIOS, Rafael Echeverri; a socióloga e economista Tânia Bacelar, professora da Universidade Federal de Pernambuco; o economista agrícola e gerente de operações do Fundo Internacional do Desenvolvimento Agrário (FIDA), Ivan Cossio; e João Alves, da SEDAR, participaram do painel.


Tânia Bacelar destacou em sua palestra que a nova opção de estratégia para a retomada do crescimento brasileiro é o modelo de consumo e produção de massa com base nas políticas sociais e econômicas. “Um país como o Brasil não pode ficar se lamentando, tem que tomar atitudes para eliminar a pobreza no Brasil em curto prazo”, afirmou Tânia.


PAINEL 2 - O segundo painel sobre Caracterização e especificidades da pobreza rural no Brasil, contou com a presença de Arilson Favareto, professor da universidade federal do ABC; do advogado e economista Antônio Márcio Buainain, professor do Instituto de Economia da Unicamp; Henrique Neder, professor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU); Steve Helfand, doutor em Economia Agrícola pela Universidade da Califórnia; Edward Bresyan, especialista sênior em desenvolvimento rural do Banco Mundial; Mauro Del Grossi, assessor do gabinete do Ministro do MDA; Brancolina Ferreira, pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e Getúlio Sá Gondim, secretário executivo de Acompanhamento e Articulação da Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária.


Brancolina enfatizou em sua apresentação que ¼ da população rural ainda é analfabeta e que muito ainda deve ser feito para alterar essa realidade do campo. Além disso, a pesquisadora do IPEA, afirmou que o problema da extrema pobreza se acentua mais no Nordeste, onde esse índice chega a 12%. No Sul do país o percentual não passa de 2%. Sobre o assunto, Mauro Grossi afirmou que a política de crédito como estratégia de redução da pobreza ainda é muito pequena, e que é necessário trabalhar este ponto para que haja uma melhora. O V Fórum terá continuidade nesta quinta-feira (25) com dois painéis que abordaram o tema sobre As atuais políticas de combate à pobreza rural, sua dinâmica e implicações sócio-econômicas.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

V Fórum Internacional de Desenvolvimento Territorial - IICA Brasil, Recife - Matéria Publicada, créditos pela matéria na página final do boletim.

Recife, 20 de novembro de 2010.
Agreste Meridional destaca-se no beneficiamento do Leite e na agroindústria de doces e castanha de caju nos Municípios de Águas Belas e Garanhuns
Por Elisabeth Mota
Os participantes do II Curso Internacional de Atualização Conceitual e Intercâmbio de Experiências em Políticas Públicas de Desenvolvimento Territorial realizaram uma saída de campo para o Agreste Meridional do estado de Pernambuco entre os dias 20 e 21 de novembro. Com uma área que abrange cerca de 13 mil Km² nos seus 27 Municípios, os cenários escolhidos para a visita de campo foram o assentamento Cristo Rei no Município de Águas Belas e o Distrito de Miracica no Município de Garanhuns.

Assentamento Cristo Rei - Com cerca de 47% dos habitantes vivendo no meio rural, o agreste meridional possui mais de 2 mil famílias assentadas e o assentamento Cristo Rei, estável a sete anos, é um dos mais importantes, com 56 famílias em uma área de 17 hectares por família.

A visita no assentamento teve como objetivo presenciar o beneficiamento do leite por parte dos pequenos produtores, saber como se organizam, como a agricultura familiar foi inserida e o que foi preciso para que essa organização acontecesse.

Há uma integração muito forte entre a população, o sindicato dos trabalhadores e a Cooperativa Mista dos Agricultores Familiares do Vale do Ipanema - Coopanema.

Na questão da produção do leite a maior dificuldade dos assentados era a venda dos seus produtos, que se realizava por intermédio de atravessadores que compravam por um preço muito baixo. A instabilidade do valor pago pelo leite, que se elevava pouco e decaía muito, às vezes tornava a produção inviável.

Por conta dessas dificuldades as famílias do assentamento Cristo Rei viram a necessidade de se filiarem à cooperativa na tentativa de escapar dos atravessadores para que a situação dos produtores pudesse melhorar.

A Coopanema foi criada em 1997, mas só começou a funcionar de fato em 98, hoje a cooperativa atende o Agreste Meridional, o Vale do Ipanema e uma parte de Alagoas. O seu principal papel é o de ser uma facilitadora e encaminhadora dos produtos dos pequenos produtores para as empresas e o comércio local.

O Município de Águas Belas produz em média 60 mil litros de leite por dia, desse valor a Coopanema detém em média 12mil litros/dia. As famílias do assentamento Cristo Rei produzem mil litros/dia além é claro da produção de feijão, milho, mandioca, batata doce, criação de caprinocultura, apicultura, ovinocultura, galinha caipira, dentre outras.

Essas famílias recebem o apoio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar exclusivo para os assentados da Reforma Agrária – Pronaf A, que coloca à disposição recursos com juros baixos para a construção de moradias, cisternas, compra de animais, etc.
Porém uma das reivindicações dos moradores do assentamento Cristo Rei é a permanente assistência de técnicos para os resfriadores dos tanques de leite, para as análises de solo e um melhor acompanhamento e ensino à comunidade de como melhorar os produtos que irão entrar no mercado.

O presidente da Coopanema, Nitalmo Leite, que acompanha de perto essas famílias, esclareceu o papel da cooperativa junto à comunidade, enfatizando os ganhos que tiveram ao eliminar os atravessadores e o trabalho realizado com as famílias cadastradas na cooperativa.

“Nós avançamos muito, conseguimos consolidar com este trabalho na região o nivelamento do preço do leite, com isso até o produtor que não faz parte da Coopanema saiu ganhando, porque forçou o intermediário a pagar melhor. Os cooperados conseguem um melhor preço pela cooperativa, além de outros benefícios, como cursos de manejo para que os produtores se tornem profissionais. Pois o produtor precisar olhar para ele e se ver um empresário, mesmo com uma área pequena. Hoje nós temos leite de boa qualidade e uma disputa entre as empresas que querem comprar o nosso leite”, finalizou Nitalmo.

Agroindústria de Miracica - No dia seguinte, a visita de campo teve continuidade na Associação Comunitária do Escovão - Agroindústria de beneficiamento de castanha de caju e doces do Distrito de Miracica, situada dentro do Município de Garanhuns.

O projeto para a construção dessa agroindústria nasceu em 2002, em 2005 o projeto foi posto de lado por falta de recursos e só voltou à ativa em 2010 com a liberação de R$200 mil reais para a construção da sede e a compra dos demais maquinários.

A agroindústria de Miracica conta com o apoio de várias instituições como o PRORURAL, Banco do Brasil, Universidade Federal de Pernambuco, Fundação Bradesco, Banco do Nordeste, dentre outros. Após completar pouco mais de quatro meses de funcionamento, eles vem se mantendo muito bem, apesar de ainda não possuírem recursos para estabilizar um bom capital de giro.

A pequena agroindústria tem capacidade para processar em média 300 toneladas de doces e 21 toneladas de castanha de caju anualmente, esse projeto irá beneficiar cerca de 80 famílias dentre os próprios trabalhadores da agroindústria e os pequenos agricultores da região que fornecem a matéria prima para a produção dos doces.

Segundo Rafael Pereira Lima, Secretário de Agricultura, Abastecimento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Garanhuns, o objetivo principal da Associação do Escovão é gerar emprego e renda fixa para as famílias do Distrito, aproveitando os recursos disponíveis, valorizando a mão de obra e os pequenos produtores da região, além de obter melhores preços na comercialização dos produtos.

Para Paulo Fernando de Lima, diretor de marketing, vendas e comercialização da Agroindústria de Miracica, apesar de ter pouco tempo, é um projeto que já deu certo. Os produtos industrializados por eles já são comercializados nos pequenos comércios locais, em uma grande festa que acontece anualmente, a FECAJU que terá sua IX edição entre os dias 28,29 e 30 de janeiro de 2011. A festa atrai um grande publico não só de Miracica como de outros Distritos e Municípios e a grande expectativa, ainda para esse ano, é a chegada dos códigos de barras para a comercialização nos grandes comércios de Pernambuco e a exportação para outros Estados.

Essa unidade de beneficiamento de castanhas e doces veio trazer o progresso e o crescimento de todas as famílias do Distrito de Miracica, e o inicio dessa evolução será consolidada com a construção de um Núcleo de Inclusão Digital, serão 10 computadores com acesso livre para a comunidade, formando turmas de dois alunos por computador e uma escola Agrotécnica dentro da região.

Box sobre o Agreste Meridional

O território do Agreste Meridional está localizado na Mesorregião do Agreste Pernambucano, abrange uma área de 13.113,50 Km² e é composto por 27 municípios sendo eles: Garanhuns, Águas Belas, Angelim, Bom Conselho, Brejão, Buíque, Caetés, Calçados, Canhotinho, Capoeiras, Correntes, Íati, Itaíba, Jucati, Jupi, Jurema, Lagoa de Ouro, Lajedo, Palmeirina, Paranatama, Pedra, Saloá, Ibimirim, Ibirajuba, Inajá, Manari, São João, São Bento do Una, Terezinha, Tupanatinga e Venturosa.

A população do Agreste Meridional é formada por mais de 594.870 habitantes, dos quais 284.866 vivem na área rural, o que corresponde a 47,88% do total. Possui 44.493 agricultores familiares, 2.609 famílias assentadas, 21 comunidades quilombolas e 4 terras indígenas. Dados do Censo 2000 – IBGE.

Sua economia está baseada principalmente na pecuária leiteira e no turismo, sendo reconhecida como a Bacia Leiteira do Estado, participando com 21% da produção total do leite e, com favorável perspectiva de crescimento através dos investimentos privados que vêm sendo realizados.

Um dos maiores atrativos turísticos do Agreste Meridional é o Festival de Inverno que acontece no Município de Garanhuns e atrai milhares de participantes. Cada vez mais consolidado o evento conta com uma razoável infra-estrutura hoteleira, aquecendo a economia local gerando empregos temporários e incrementando o comércio da região.

Fontes: Sistema de Informações Territoriais (http://sit.mda.gov.br)
Agência Estadual de Planejamento e Pesquisa de Pernambuco

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A inspiração existe, porém tenho que encontrá-la trabalhando. " Pablo Picasso"

" Helen Keller "

" Helen Keller "
Tenho o desejo de realizar uma tarefa importante na vida. Mas meu primeiro dever está em realizar humildes coisas como se fossem grandes e nobres.